NOVA DIRETORIA – THIAGO RODRIGUES

Thiago
THIAGO RODRIGUES

Thiago Rodrigues assume diretoria das linhas Marrom e Ar-condicionado na Eletros

Executivo, que veio da Sony, atuará nas particularidades das agendas setoriais e em pautas convergentes relacionadas à Zona Franca de Manaus

O Conectados entrevistou Thiago Rodrigues, que acaba de assumir a direção das linhas Marrom e Ar-condicionado. O executivo conta sobre sua trajetória e adianta as principais agendas e desafios da nova posição que ocupa papel estratégico na Eletros e grande importância institucional e para o desenvolvimento do nosso setor. Confira!

1.Fale sobre sua trajetória profissional e o que o atraiu para esta posição na Eletros. Como avalia a oportunidade de atuar em uma entidade representativa setorial de um setor tão relevante para nossa economia?

Thiago Rodrigues – Formado em Direito, tive passagens pelo Poder Público, através de concursos públicos, mas, efetivamente, construí minha carreira na iniciativa privada. Nos últimos 15 anos, exerci diversas atividades na multinacional japonesa Sony, atuando na fábrica em Manaus e no escritório em São Paulo. Durante esse período, pude enxergar com maior clareza os desafios enfrentados pela indústria nacional que, apesar de gerar empregos e garantir investimentos em território nacional, enfrenta inúmeras dificuldades em seu dia a dia. A oportunidade de me juntar a Eletros certamente potencializará essa visão crítica, além de trazer o instigante desafio de não representar apenas uma única empresa, mas sim segmentos, de maneira a contribuir cada vez mais para a evolução da indústria em nosso país.

2.Como é a atuação da Linha Marrom e de Ar-condicionado e quais as principais agendas de cada setorial?

Thiago Rodrigues – A Linha Marrom engloba 10 fabricantes e é composta por produtos de tecnologia de áudio e vídeo. Seu principal item é o aparelho televisor, que tem produção exclusiva na Zona Franca de Manaus. No caso da Linha de Ar-condicionado, temos 14 fabricantes, que produzem condicionadores de ar, estando também concentrados em Manaus. Naturalmente, cada uma das linhas tem suas especificidades e, portanto, temas próprios. Porém, considerando que ambas estão localizadas na Zona Franca de Manaus, temos como pauta comum a manutenção dos diferenciais competitivos para as indústrias ali instaladas. A discussão dessa agenda é necessária, a fim de preservar os investimentos realizados na região, assim como a manutenção dos milhares de empregos gerados, em razão da próspera atividade industrial lá existente.

3.Quais são os principais pontos de melhoria a serem alcançados nestes setoriais e quais os principais desafios na agenda de cada um deles no curto e médio prazo?

Thiago Rodrigues – Os dois setoriais são compostos por experientes profissionais, que conhecem a fundo os seus respectivos mercados. Além disso, a Eletros, há tempos, atua fortemente como entidade de representação da indústria nacional. Assim, junto-me ao time com a expectativa de contribuir para o excelente trabalho já desenvolvido. Há muitos desafios, mas nossa principal pauta, para as duas linhas – marrom e ar-condicionado, é a garantia dos diferenciais competitivos que sustentam esses segmentos. Essa tarefa é hercúlea e acaba por demandar a atuação da Associação nos mais diferentes assuntos, tais como: temas tributários, de sustentabilidade e relativos à política industrial.

4.Como você avalia a chegada da TV 3.0? Como nossa indústria, estando alinhada com as melhores práticas em tecnologia e mão de obra especializada, deverá introduzir essa inovação no mercado brasileiro?

Thiago Rodrigues – A TV 3.0 tem como objetivo aprimorar ainda mais a experiência do usuário, proporcionando, através do sinal de TV aberta, relevantes ganhos de imagem e som, de maneira similar ao ofertado pelos serviços de streaming. Os fabricantes de televisores já ofertam excelentes produtos ao mercado nacional, atendendo aos mais altos padrões de qualidade. Apesar disso, as empresas estão alertas às evoluções tecnológicas, principalmente àquelas demandadas pelo próprio consumidor. Qualquer feature que se torna popular, é rapidamente incorporado aos produtos fabricados, pois, no fim, o objetivo dos fabricantes é satisfazer os anseios do consumidor.

5.Como a indústria de ar-condicionado vem se preparando para as novas diretrizes de eficiência energética e quais os principais impactos desta mudança para o setor e benefícios aos consumidores?

Thiago Rodrigues – A indústria de condicionadores de ar atua fortemente para entregar o melhor produto possível ao consumidor. Portanto, qualquer medida que traga ganho à população brasileira será abraçada pela Eletros e, naturalmente, por seus associados. Porém, é importante que quaisquer mudanças regulatórias sejam realizadas com razoabilidade, garantindo prazos adequados para que eventuais ajustes de projetos e/ou de processos produtivos, quando necessários, aconteçam. No caso da eficiência energética, é importante que todos os agentes envolvidos estejam imbuídos do mesmo espírito, trabalhando conjuntamente para o alcance das novas diretrizes. Não apenas os fabricantes dos produtos, mas também os fornecedores; tudo para que, na ponta, o consumidor seja beneficiado com um produto de melhor performance, sob o ponto de vista energético, garantindo, assim, economia nos orçamentos domésticos, com a redução das contas de energia.

6.Ainda sobre ar-condicionado, como você vê a Emenda de Kigali e a agenda para redução da produção e consumo de hidrofluorcarbonos (HFCs). Como indústria figura nesse contexto e como agir em um tema tão complexo?

Thiago Rodrigues – A emenda de Kigali está intrinsicamente ligada com o viés de sustentabilidade, que é um ponto chave para as indústrias nacionais. Portanto, a Eletros, através de suas associadas, já declarou fortemente o seu compromisso com a aprovação da Emenda e vem trabalhando para que isso efetivamente aconteça. Como não poderia ser diferente, a indústria cumprirá o seu papel e efetuará as adequações necessárias em seus produtos, dentro de prazos razoáveis, para garantir o seu compromisso com a manutenção de um modelo de negócio sustentável e que colabore ainda mais para a preservação ambiental. É nosso dever!

7.Diante de um cenário desafiador como o momento atual, do ponto de vista econômico e comercial,  como a Eletros,  por meio de sua atuação,  pode contribuir para minimizar os impactos para as empresas, garantindo a manutenção da operacionalidade da nossa indústria?

Thiago Rodrigues – Os indicadores macroeconômicos indicam uma situação econômica desafiadora. A tendência de aumento da taxa de juros e dos índices inflacionários impactam diretamente na intenção de compra do consumidor. Dessa forma, a Eletros, atuando na representação dos seus associados, é uma ferramenta imprescindível para dar “eco” à voz do segmento industrial, compartilhando com as mais diversas esferas do Poder Público o impacto e, principalmente, a visão empresarial sobre as iniciativas encampadas pelas autoridades governamentais.