10/03 – Fonte: G1
Produção industrial brasileira teve queda em 8 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE.
Por G1 — Rio de Janeiro
A produção industrial brasileira teve queda em 8 dos 15 locais pesquisados em janeiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam os dados divulgados nesta quarta-feira (10).
A indústria geral do país cresceu 0,4% na comparação com dezembro. Foi a 9ª alta seguida na comparação mês contra mês imediatamente anterior – mas a menor taxa desde abril. Em 12 meses, o setor ainda acumula uma queda de 4,3%.
A maior queda foi registrada no Espírito Santo, de 13,4%, seguida pelo Amazonas, com recuo de 11,8%. Na outra ponta, o Pará teve a maior expansão, de 4,4%, seguido por Pernambuco (3,6%) e Rio de Janeiro (2,9%).
Indústria registrou nona taxa seguida de alta em janeiro, mas ritmo de crescimento vem desacelerando a cada mês — Foto: Economia/G1
Segundo o IBGE, a queda de 13,4% no Espírito Santo eliminou a expansão de 7,3% registrada no mês anterior, sob influência negativa dos setores de metalurgia e extrativo.
No Amazonas, a nova queda – puxada pelo desempenho negativo dos setores de derivados do petróleo e de outros equipamentos de transporte – levou o setor acumular redução de 16,3% em dois meses.
Na Bahia, a queda de 3,2% veio a reboque do fechamento da fábrica da Ford em Camaçari, que afetou o setor de veículos automotores.
Indústria regional em janeiro/2021 — Foto: Economia G1
Houve quedas ainda em Mato Grosso (-3,2%), Região Nordeste (-2,1%), Ceará (-1,1%), Minas Gerais (-0,5%) e Goiás (-0,5%).
Na ponta positiva, Pará registrou o segundo mês seguido de crescimento na produção e acumulou, nesse período, ganho de 9,7%. Já Pernambuco eliminou parte das perdas registradas em dezembro (-3,0%) e novembro de 2020 (-0,6%), enquanto Rio de Janeiro acumulou expansão de 3,2% em três meses consecutivos de resultados positivos.
Rio de Grande do Sul (1,9%), Paraná (1,5%), São Paulo (1,1%) e Santa Catarina (1,0%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção em janeiro de 2021.
“Esses crescimentos podem ser explicados por uma base de comparação baixa, pois, desde o final de 2019, a indústria vinha apresentando uma queda no ritmo de produção antes mesmo de a pandemia chegar”, explica Bernardo Almeida, gerente da pesquisa.