Iniciativa criada em março de 2020 arrecada cestas básicas e materiais de saúde das indústrias do Polo Industrial de Manaus e demais empresas engajadas.
Há um ano, quando o primeiro caso de Covid-19 foi confirmado no estado do Amazonas, as entidades do setor industrial do estado, FIEAM, CIEAM, ELETROS e ABRACICLO se anteciparam à fome que atingiria a população amazonense devido a recessão econômica ocasionada pela pandemia e se uniram para socorrer estas famílias em situação vulnerável através dos projetos beneficentes em Manaus.
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No final do mês de março, o interior do Amazonas foi atendido com mais 14 toneladas de alimentos que foram enviados para os municípios do sudoeste e sul do estado atingidos pela enchente deste ano, foram Boca do Acre, Eirunepé, Itamarati, Envira, Ipixuna, Pauini e Guajará-Mirim (Rondônia), além do estado do Acre para onde foram enviados mil máscaras modelo N95, mil máscaras hospitalares descartáveis, 500 protetores Face Shield, 100 caixas de álcool em gel com 1.200 frascos.
De acordo com a coordenadora da Ação Social Integrada do Polo Industrial de Manaus, nome desta ação idealizada pela coalizão de entidades da indústria amazonense, Régia Moreira Leite, que é diretora da Impressora Amazonense – IMPRAM, além dos alimentos, a Ação conseguiu enviar doações para outros municípios, “conseguimos despachar com o suporte da Defesa Civil do Estado do Amazonas para municípios do interior do Amazonas, na região de Eirunepé e Envira 14 toneladas de alimentos, álcool em gel, sabonetes, e máscaras”, informou a coordenadora.
Até o mês de fevereiro de 2021, mais 92 toneladas de alimentos foram arrecadadas e enviadas para comunidades de Manaus e Região Metropolitana, alcançando também a população ribeirinha e famílias indígenas na área urbana da capital. Para relembrar este 1º ano de Ação Social Integrada do Polo Industrial de Manaus, as entidades lançaram um book nas redes sociais com registros, dados e depoimentos de voluntários, gestores de instituições beneficentes e presidentes das entidades parceiras do projeto.
Presidentes das entidades falam sobre prevenção e solidariedade nas indústrias
O presidente do CIEAM, Wilson Périco, relembra da adaptação que as indústrias aplicaram em 2020 no ambiente das fábricas para prevenir a contaminação entre os funcionários e a mobilização das empresas para socorrer os profissionais de saúde com EPIs.
“Houve uma reengenharia do layout do processo fabril para ter um distanciamento, inclusive com a construção de mais baias na orientação e disponibilização do álcool em gel, da máscara e na comunicação e orientação para que essas pessoas replicassem esses cuidados em suas casas, nós arrecadamos e doamos mais de 200 toneladas de EPI, trabalhamos no desenvolvimento de um respirador pulmonar aqui em Manaus e também olhamos para a questão das pessoas que sofreram com a pandemia e que perderam a sua fonte de renda, arrecadamos 200 toneladas de alimentos em 2020, e desde a virada do ano até o mês de fevereiro foram arrecadadas mais 92 toneladas. No dia 12 de janeiro nós doamos aos hospitais 72 mil m² de O2, nós acordamos com as empresas que se utilizavam de gases na produção, seja oxigênio ou nitrogênio para que abrissem mão de receber esses gases por um tempo indeterminado”.
O presidente da Federação das Indústrias (FIEAM) e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Antonio Silva, destaca a prioridade que o setor industrial deu para a redução dos impactos causados pela pandemia. O SESI Clube do Trabalhador, por exemplo, foi cedido para ser ponto de vacinação na campanha contra a Covid-19 e está em primeiro lugar entre dez pontos de vacinação que mais vacinaram na capital Manaus, com 41.372 vacinas aplicadas na 1a dose. “Nesse período, a indústria demonstra o valor da solidariedade para redução dos impactos causados pela pandemia nos aspectos sociais e econômicos do Amazonas. Prioriza doações de itens que salvam vidas, como equipamentos hospitalares e cestas básicas para aplacar a fome, e a manutenção dos empregos e investimentos”.
A ELETROS, Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, também parceira da Ação Social Integrada do Polo Industrial de Manaus reafirma o compromisso da entidade e das indústrias de eletroeletrônicos no enfrentamento da pandemia, diz o presidente Jorge do Nascimento Jr., “A Eletros e suas Associadas desde sempre estão engajadas na missão de contribuir para a minimização dos problemas sanitários e sociais decorrentes da pandemia. Seguiremos atuando em conjunto com as entidades que compõem a Ação Social Integrada que, ao longo de um ano de atividade, vem trazendo alento para dezenas de milhares de famílias e pessoas em situação de vulnerabilidade. Há, ainda, muito a ser feito”.
Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) fala sobre o aprendizado neste primeiro ano de Ação. “Durante esse período, aprendemos a ter mais empatia e ser solidários uns com os outros. A união das indústrias, suas lideranças e seus profissionais para auxiliar a sociedade e os órgãos de saúde é um legado que ficará para sempre na história do Amazonas no combate a essa crise sanitária sem precedentes. A Abraciclo tem orgulho de ter feito parte dessa Ação e contribuído com a sociedade da região de Manaus que, há mais de quatro décadas, nos ajuda a fortalecer o Setor de Duas Rodas no Brasil”.
Responsabilidade Social das empresas doadoras
No dia 10 de julho de 2020, a Samsung Eletrônica da Amazônia doou 6,8 toneladas de alimentos durante uma visita do presidente do CIEAM, Wilson Périco, à fábrica localizada no Polo Industrial de Manaus, recepcionado pelos representantes da indústria de smartphones instalada em Manaus, o vice-presidente, Yongwoo Sohn; diretor de RH, Byonglae You e o gerente Sênior de RH, David Vital. As indústrias do polo de duas rodas Yamaha Motor da Amazônia Ltda e Moto Honda da Amazônia são exemplos de empresas que apoiaram a Ação Social Integrada do PIM, e mantêm projetos desenvolvidos de longa data, como o apoio que a Yamaha presta ao projeto Pró-Menor Dom Bosco e a Honda – que além das cestas – também cedeu oxigênio para o sistema de saúde do Amazonas.