09/02 – Fonte: A Crítica (Manaus/AM)
A paralisação no setor industrial acarretou uma série de problemas na produção no Estado e apesar das perdas, o déficit na produção não deve afetar o preço dos produtos da ZFM. “O que influencia a queda ou o aumento de produtos é a variação cambial ou o aumento no preço dos insumos. Esse aumento ainda não existe, exceto pelo preço do ar-condicionado que teve uma alteração pela grande demanda por oxigênio em Manaus”, explica Jorge Nascimento, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).
Para Cristiana Oliveira, porta-voz da Moto Honda da Amazônia, a pandemia criou comportamentos e novas preferências para os consumidores, o que deve influenciar no mercado deste ano.
“O período de pandemia acelerou a tendência de mudança no comportamento de compra do consumidor que, com o avanço da tecnologia, já vinha migrando para o consumo on-line. Os sites de e-commerce são uma tendência de comportamento para o futuro, no médio e longo prazo. Essa modalidade de consumo tende a crescer, e a motocicleta tem muito a contribuir nesse processo. Para o consumidor final, ela possibilita o recebimento do produto com rapidez e baixo custo de frete; para o empresário é um ativo fundamental para a eficiência da operação logística; e para o motofretista seguirá sendo uma ferramenta de geração de renda”, complementa.
A situação no Amazonas ainda deve ser estudada, já que a pandemia ainda está instalada de forma muito presente no cotidiano de todo o Estado. Segundo Nelson Azevedo, algumas empresas podem ceder alguns benefícios para dar auxílio aos seus funcionários. “Na primeira onda da pandemia, as medidas do governo evitaram demissões e o nível de emprego foi mantido na indústria. Muitas empresas concederam férias coletivas, licença remunerada e aplicaram as medidas provisórias de manutenção de emprego e renda. Nessa segunda onda, algumas empresas já concederam férias coletivas aos seus funcionários e estão avaliando a nova situação. Dependendo do fim do período das restrições, novas medidas poderão ser implementadas”.
Uma forma de lidar com esse impasse, segundo Jorge Nascimento, seria adotar uma abordagem orientada a dados para o gerenciamento de riscos e se concentrar em criar flexibilidade suficiente em seus processos de fabricação e se proteger contra futuras interrupções. “É necessário estudar o mercado e se adaptar às novas exigências. Estudar o comportamento do consumidor e onde há a maior perda influenciam muito nisso”, explica o presidente da Eletros.