29/11 – Fonte: G1
Milhões de brasileiros foram às compras nesta sexta-feira (29) e comprovaram que a chamada Black Friday está consolidada no calendário do comércio nacional.
Por todo o Brasil, gente enlouquecida para comprar. Em Salvador, tumulto. Assim que as portas dos shoppings abriram, às 6h e às 7h, foi aquele corre-corre. Em Belo Horizonte, os clientes lotaram as lojas de um shopping que abriu meia-noite. A madrugada também foi cheia em um shopping em Boa Vista. Em Macapá, foi aquele sufoco para entrar nas lojas, e força para carregar, no meio da multidão, a caixa da tão sonhada TV.
A fome por pechinchas fez o consumidor fazer fila em frente à uma lanchonete em um shopping de São Paulo.
“Os seis lanches por R$ 15. A gente nem almoçou para poder aproveitar”, contou uma consumidora.
A atendente de telemarketing Érica Moraes ia comprar uma camisa. Quando descobriu o preço…
“Geralmente eu pago R$ 45 e ela está R$ 15. Está muito barato”, contou.
Empresas que trabalham para os sites e paras as lojas virtuais reforçaram as equipes durante a madrugada.
A previsão de uma empresa de maquininhas de cartão é de crescimento de 14% nas vendas em lojas físicas. E, nos sites, bem mais.
“Desde o começo dessa semana a gente está mais ou menos detectando o dobro de movimento do que seria normal”, contou Eduardo Amorim, diretor da rede.
Esse movimento todo do comércio também é um grande desafio para quem faz a logística das lojas virtuais que usam a estrutura de grandes centros de distribuição, como um que tem um galpão de 50 mil metros quadrados. Só nesta sexta, vão ser distribuídas mais de 100 mil encomendas. São 800 funcionários trabalhando apenas para Black Friday.
E haja trabalho. O centro de distribuição funciona 24 horas desde setembro.
“Aumentou 20% das equipes nessa data. Só na semana do Black Friday a gente triplica o faturamento”, explicou Samantha Schwarz, gerente de e-commerce.
O movimento desta sexta animou a indústria, que vê sinais de retomada, ainda que lenta, da economia. No caso do setor de eletroeletrônicos, as encomendas para a Black Friday e para o Natal ajudaram a produção a crescer quase 10% no terceiro trimestre do ano.
“O setor eletroeletrônico de eletrodomésticos é um setor de consumo. Então, quando a economia vai bem, é o primeiro setor a ir bem. Nós estamos identificando, neste momento, a retomada do crescimento, o reaquecimento da economia, mesmo que os números de 2019 sejam ainda distantes a números de 2014, de 2010 inclusive. Contudo, a gente entende que aos poucos a economia está voltando a ter uma dinâmica melhor e um crescimento. E isso é positivo”, analisou Jorge Nascimento, presidente executivo da Eletros.